sábado, 5 de maio de 2012


Cemitério Natural

Campos lotados de vidas retiradas do chão
Pela sua raiz em imposição
Tombadas ao solo como dejeto
Empilhadas uma as outras bancando seus tetos

Cerca de defuntos e ao redor o nada
Campo vazio e incolor
Rastros de assassinos de estradas
Tristonhas e mortas sob os olhos de dor

Crise aumenta, morte junto a ela
Raspam cabeças verdes, vendem tudo
Usam a vida para dinheiro em sua tela
Eletrônica sem vida e valorizada mais que seu mundo

Sorte ou azar pairando em suas mãos
Escolhem a morte, preferem a riqueza
Dormem sob seus homicídios em vão
Empilhando corpos, erguendo sua fortaleza...

Miguel de Almeida Franco

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