Cemitério Natural
Campos lotados de vidas retiradas do chão
Pela sua raiz em imposição
Tombadas ao solo como dejeto
Empilhadas uma as outras bancando seus tetos
Cerca de defuntos e ao redor o nada
Campo vazio e incolor
Rastros de assassinos de estradas
Tristonhas e mortas sob os olhos de dor
Crise aumenta, morte junto a ela
Raspam cabeças verdes, vendem tudo
Usam a vida para dinheiro em sua tela
Eletrônica sem vida e valorizada mais que seu mundo
Sorte ou azar pairando em suas mãos
Escolhem a morte, preferem a riqueza
Dormem sob seus homicídios em vão
Empilhando corpos, erguendo sua fortaleza...
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