domingo, 31 de julho de 2011

A Melodia

Olhando para meu violão, sem nada no pensamento
Me veio uma estranha sensação, de uma música
Em meus ouvidos, não parava de timbrar
Tentando tirá-la da cabeça, me pus a pular

A tontura me veio a toda
Cai num ato e no outro dormi
Acordei em um lugar onde nada era igual, tudo se mexia como um leve vendaval
Olhei ao meu redor, notas voavam, e uma melodia se tocava
De um momento para o outro, eu desmaiei

Acordei em minha sala, e escrevi a bela melodia
Na melodia uma letra eu pus, junto a ela um breve título se compôs
Um sonho das loucuras, era o título
Como qualquer outra canção, não basta imaginar, se deve sentir

Neste caso, a melodia me infiltrou, num breve momento, eu criei
Uma bela canção, e depois continuei a vida, sem nenhum esforço me esqueci da melodia
Hoje em dia não lembro de mais nada, somente, que um dia eu criei um melodia, que em minha cabeça ficou cravada
E que em minha vida ficou marcada


Miguel de Almeida Franco

domingo, 24 de julho de 2011

Um Sonho de Cachorro

Pequenas patas num leve andar;
Seus olhos reluzentes, e seu focinho imprudente;
Cheiravam e olhavam, o seu lar, e seu patamar;
Não sabia a quem cumprimentar, de todos os lados assobios;
Desesperado a pobre criatura se pôs a chorar, pessoas ao redor pararam;
Olharam a criatura, se encolher, num breve momento silêncio;
A criatura percebera os olhares, levantou-se num pulo e abanou seu focinhos para todos os lados;
As pessoas se dispersaram, a criatura feliz seguiu seu dono;
Para onde ele ia logo atrás dele havia, um pequeno cachorrinho abanando seu rabo e latindo;
O dono olhou e sorriu para seu animal, andou pelo cômodo e parou, sentou e dormiu;
Seu cachorrinho junto ao dono se pôs a cochilar;
Num breve descanso sua mente se abriu;
Num breve tempo o cachorrinho se viu, olhando para o dono;
Sumindo de seu olhar, e lá estava outro cachorrinho;
Com pequenas patas num leve caminhar.

Miguel de Almeida Franco

domingo, 10 de julho de 2011

Poesia Sem Fim

Escrevo aqui uma poesia;
Uma poesia alegre e também tristonha;
Uma poesia surpreendente;
Mas ao mesmo tempo previsível;

Uma poesia que causa o bem;
Mas pode trazer grande dor;
Uma poesia de difícil entendimento;
Mas também com uma grande ironia;

Uma poesia sem sentido;
Mas junto vem com uma grande cultura;
Uma poesia que jamais terá fama;
Mas sempre há aqueles que falarão;

Essa poesia, é uma poesia sem fim;
Ela passa pelas pessoas como vento;
Mas pode ferir como um velho romance;
Jamais terá alguém que a contestará;

Pois essa poesia sempre continuará viva;
Sempre terá uma história;
Sempre terá quem contar;
Pois essa poesia é pedida por todos, mas recebida somente por alguns.

Miguel de Almeida Franco

sábado, 2 de julho de 2011

Trânsito Parado

Desespero, correria
Tráfego, euforia
Egoísmo, agitado
Tudo ocorre no trânsito parado...

Tédio, solidão
Canseira, fiscalização
Mau humor, irritado
Tudo ocorre no trânsito parado...

Pessoas sorrindo, amando
Pessoas sonhando, vivendo
Tudo depende do modo
Que se pensa sobre o trânsito parado...

Miguel de Almeida Franco